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29/8/2019

Fechamento de mercado (29/08/2019)

Juros

A onda de instabilidade detonada no mercado de juros pela intervenção do Banco Central no câmbio se estendeu nesta quinta-feira (29) para o terceiro dia seguido. As taxas futuras dispararam mais uma vez, durante a sessão, mas arrefeceram o movimento até o fechamento, num movimento que evidencia a busca dos investidores por um nível mais adequado de exposição ao risco. Alguns gestores relataram, inclusive, que ajustaram o tamanho da posição no mercado para enfrentar as novas incertezas no cenário.

É quase um consenso entre os analistas que a atuação surpresa do BC — com venda de dólares no mercado à vista na terça (27) — aconteceu para prover liquidez no câmbio e evitar distorções no mercado, não para defender níveis de câmbio. Mas, por via das dúvidas, os investidores pedem mais prêmio e reduzem posições, fazendo com que a curva de juros precifique agora um ciclo de cortes um pouco menor.

As oscilações das taxas têm sido acompanhadas, nos últimos dias, de um giro financeiro bastante robusto, o que só reforça a ideia de que o “técnico” no mercado não estava equilibrado. Ou seja, posições na mesma direção já estavam demasiadamente carregadas.

De acordo com os profissionais, a intervenção surpresa da autoridade monetária na terça-feira gerou dúvidas no mercado sobre um possível desconforto do BC com o nível do dólar e o efeito disso para o ciclo de queda de juros. Além disso, ficou uma percepção de que as estratégias de proteção, com compra de dólares para defesa das carteiras, já não seriam tão efetivas sob o risco de novas atuações do BC.

DI1F20: 5,48% (-2,5 bps)

DI1F21: 5,64% (-5 bps)

DI1F23: 6,73% (-6 bps)

DI1F25: 7,23% (-6 bps)

DI1F27: 7,53% (-5 bps)

Câmbio

O dólar à vista teve alta de 0,34%, a 4,1717 reais na venda. Na B3, o dólar futuro operava perto da estabilidade, a 4,1695 reais.

O dólar sobe 1,15% na semana, a caminho de contabilizar a sétima semana consecutiva de valorização, mais longa série do tipo desde as mesmas sete semanas de alta registradas entre o começo de novembro e meados de dezembro de 2018.

Analistas têm afirmado que a performance mais fraca do real nos últimos dias tem relação direta com a crise no país vizinho, terceiro maior parceiro comercial do Brasil.

O que ajudou a limitar a alta do dólar nesta sessão foi o otimismo quanto às negociações comerciais entre China e Estados Unidos, com autoridades de ambos os países mostrando disposição a uma nova rodada de conversas.

A quinta-feira foi marcada ainda pelo último dia de intervenções do Banco Central no mercado spot para trocar 3,8 bilhões de dólares em swaps cambiais por moeda à vista. O BC já anunciou operações semelhantes para setembro.

Nesta semana, o BC retomou a venda “pura” de dólar à vista no mercado pela primeira vez em uma década. A atuação do BC e a já longa série de altas do dólar indicam ao mercado que a moeda pode no curto prazo dar uma pausa na valorização.

Bolsa

O Ibovespa subiu 2,37%, a 100.524,43 pontos. O giro financeiro da sessão somou 17,6 bilhões de reais.

No Brasil, o destaque foi o aumento de 0,4% no Produto Interno Bruto de abril a junho na comparação com o trimestre anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima da expectativa de crescimento de 0,2%, de acordo com pesquisa da Reuters.

No cenário internacional, Wall Street repercutiu declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de que os negociadores dos EUA e da China têm conversas marcadas com o objetivo de aliviar tensões comerciais ainda nesta quinta-feira “em um nível diferente”, mas não deu detalhes.

Mais cedo, o mercado já havia se animado com comentários da China que de que prefere resolver com calma a questão comercial com os EUA, e que os países estão discutindo a próxima rodada de negociações presenciais marcada para setembro.

Vale (VALE3) ganhou 3,73%, acompanhando o movimento de outras mineradoras na Europa, com papéis de siderúrgicas também no azul, entre elas Usiminas PN (USIM5), que avançou 9,13%, na ponta superior do índice.

Petrobras ON (PETR3) subiu 3,76%. A Petrobras teve decisão favorável definitiva do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que cancelou débito de 5,9 bilhões de reais, referente à homologação de créditos de PIS e Cofins.

Fora do índice, Oi ON (OIBR3) saltou 19,51%, afastando-se de mínimas em quase três anos registradas na semana passada, tendo no radar reportagem citando interesse de empresa norte-americana no grupo de telecomunicações.

Fontes: Valor e Reuters

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