Juros
Mercado de renda fixa se mostrou pouco movimentado ao longo do dia e deve continuar em compasso de espera na terça e quarta, até que saiam as decisões de política monetária do FED e Copom.
Nos EUA há uma expectativa de corte de 0,25% (75% de chances, segundo o mercado), levando a meta da taxa de juros para o intervalo de 2% a 2,25% ao ano. Já no Brasil, a curva precifica em 88% de chances de corte de 0,5% na Selic.
Em uma pesquisa feita pelo Valor com 48 economistas, 25 deles acreditam em 0,5% de corte na taxa. Sem esses estímulos adicionais, muito provavelmente a inflação ficará abaixo da meta perseguida pelo BC para o ano (4,25% em 2019).
DI1F20: 5,59% (0 bps)
DI1F21: 5,46% (-1 bps)
DI1F23: 6,31%
DI1F25: 6,84% (-3 bps)
DI1F27: 7,18%
Câmbio
A semana centrada na decisão de juros do FED começa com um dólar mais forte frente à maioria das divisas em todo o mundo, desenvolvidas ou emergentes.
A expectativa por novos estímulos monetários teve reflexo limitado para as moedas internacionais devido a outras frentes de preocupação,como a desaceleração econômica em diversas regiões do mundo.
Nesse ambiente o dólar encerrou o dia a 3,7830, alta de 0,29%. Vale lembrar que a sessão foi marcada pelo baixo volume de negócios.
Contra a libra, o dólar se valorizou 1% em meio as especulações de um "Brexit duro", sem o acordo com a UE, após a vitória de Boris Johnson. Há libra chegou a operar na mínimas desde março de 2017.
Bolsa
O Ibovespa começou a semana no azul e até tentou pegar tração no fim do dia mas, por mais uma sessão, adotou um comportamento modesto,com giro bastante reduzido. O noticiário corporativo foi o que ajudou atemperar a procura por ações, em um mercado ainda em compasso de espera pelas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
Após ajustes, o Ibovespa teve alta de 0,65%, aos 103.483 pontos, na máxima do dia. O giro financeiro, no entanto, foi de R$ 9,6 bilhões, abaixo dos R$ 12 bilhões de média diária dos pregões de 2019.
A liquidez só deve voltar a melhorar após a decisão do FED, quando poderemos observar qual será o destino da liquidez global na busca por retornos em ativos de maior risco.
Fontes: Valor e Reuters