DÓLAR U$3,75
S&P500 2.883,82
BITCOIN US$6.610,09
BOVESPA 85.889,22
CDI 0,53%
25/9/2019

Fechamento de mercado (25/09/2019)

Juros

Após dois dias consecutivos de alta, os juros futuros encerraram a sessão regular desta quarta-feira (25) em baixa, diante da maior procura por ativos de risco durante a tarde. Pela manhã, as taxas futuras operavam com viés de alta, diante das tensões políticas no exterior envolvendo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O cenário de “risk on”, contudo, se fez presente logo após a divulgação de indicadores do mercado de trabalho, que mostraram criação de vagas acima do esperado.

“O movimento do dólar, que passou a cair, e a busca por ativos mais arriscados falaram mais alto do que os fundamentos. Apesar de virem acima do esperado, os números não foram tão animadores a ponto de devolverem prêmio à curva”, disse um gestor. Para ele, o recuo da moeda americana acaba acalmando as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), embora ressalte que o dólar continua próximo de R$ 4,20, o que “continua a causar algum desconforto”.

Os vértices mais longos da curva foram os primeiros a reagir à divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostraram criação de 121.387 postos de trabalho com carteira assinada no Brasil em agosto, o melhor resultado para o mês desde 2013. A mediana das estimativas colhidas pelo Valor Data apontava para a geração de 100 mil vagas. Os dados do Caged marcaram uma ruptura em relação ao movimento dos juros futuros. As taxas iniciaram o dia rondando os ajustes de ontem com viés de alta, em reação ao cenário político conturbado no exterior.

Ontem, a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a democrata Nancy Pelosi (Califórnia), deu início ao processo de impeachment contra Trump. Com o Senado dominado pelos republicanos, contudo, a consultoria Eurasia Group calcula 10% de chance de o presidente deixar o cargo.

As perspectivas para o comércio mundial não foram deixadas de lado pelos investidores. Após Trump acusar, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça (24), a China de manipular o câmbio, o ministro de Relações Exteriores do país asiático, Wang Yi, rebateu a fala do americano e alertou que a intensificação das disputas entre os dois países geraria “problemas sem fim”. Na manhã desta quarta, porém, Trump gerou certo ânimo nos mercados ao tuitar que um acordo com a China “pode acontecer mais rápido do que se imagina”.

O cenário político brasileiro ficou em segundo plano. Na noite de ontem, o Congresso derrubou 18 vetos do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de abuso de autoridade, em um revés para o governo. Além disso, o adiamento da votação da reforma da Previdência no Senado continuou no radar dos investidores, embora não tenha feito preço hoje. Para Matheus Gallina, trader da Quantitas, os ativos locais, hoje, “estão bem menos sensíveis ao risco político interno”.

DI1F20: 5,095% (-0,5 bps)

DI1F21: 4,99% (-3 bps)

DI1F23: 6,11% (-4 bps)

DI1F25: 6,72% (-6 bps)

DI1F27: 7,06% (-5 bps)

Câmbio

O dólar encerrou em queda contra o real nesta quarta-feira, depois de ter passado boa parte do dia em alta, com agentes do mercado monitorando os desenvolvimentos do processo de impeachment contra o presidente norte-americano, Donald Trump, em meio a otimismo quanto as negociações comerciais EUA-China. O dólar à vista teve queda de 0,35%, a 4,1548 reais na venda. Na B3, o dólar futuro tinha desvalorização de 0,25%, a 4,1535 reais.

“É o fenômeno Trump. As atenções hoje se voltaram totalmente ao cenário externo, com o impeachment do Trump e as afirmações dele sobre a China”, afirmou Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus

No dia anterior, a Câmara dos Deputados do país afirmou que iniciará um inquérito formal de impeachment contra o presidente Donald Trump, devido ao fato de ele ter pedido ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, em uma conversa telefônica ocorrida em julho, para investigar o ex-vice-presidente norte-americano Joe Biden.

Democratas acusam Trump, que buscará a reeleição no ano que vem, de solicitar ajuda da Ucrânia para difamar Biden, o pré-candidato presidencial democrata favorito, antes da eleição do ano que vem.

Em entrevista à CNBC, o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, disse que autoridades do Fed estão acostumados a lidar com incertezas políticas como pano de fundo de suas deliberações e que não espera que o inquérito de impeachment contra o presidente Donald Trump afete a condução da política monetária pelo Fed.

Ajudando a pressionar o dólar contra o real também estavam os desdobramentos positivos no conflito comercial entre EUA e China, com Trump afirmando que um acordo comercial com Pequim poderá acontecer mais cedo do que as pessoas pensam.

No exterior, as divisas pares do real, como rand sul-africano e peso mexicano, também se apreciavam contra o dólar, enquanto a moeda norte-americana avançava contra uma cesta de moedas, a 99,042.

Bolsa

O Ibovespa subiu 0,58%, a 104.480,98 pontos. O volume financeiro da sessão somou 14,1 bilhões de reais.

Mercados acionários se animaram após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que um acordo comercial com a China pode acontecer mais cedo do que as pessoas pensam. “Eles querem muito fazer um acordo ... Isso pode acontecer mais cedo do que vocês pensam”, disse Trump em Nova York.

O presidente da Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, afirmou que um acordo no embate comercial ainda pode “levar um tempo”, além de que deseja outro corte de 25 pontos base na taxa de juros até o fim do ano. Em Wall Street, o S&P 500 avançou 0,61%, em sessão também marcada por volatilidade no início do dia.

No plano doméstico, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo tem um plano de reforma tributária praticamente pronto, adicionando que a ideia é trabalhar a proposta em comissão mista de Câmara dos Deputados e Senado. Um dado mostrou que o Brasil registrou criação líquida de 121.387 vagas formais de emprego em agosto, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no melhor dado para o mês desde 2013, embalado pelo setor de serviços.


- VALE ON ganhou 1,98%, ajudada por decisão do Tribunal Superior inglês de que a mineradora pode prosseguir com a execução da sentença arbitral de 2 bilhões de dólares contra a BSG Resources (BSGR) no país.

- MARFRIG ON perdeu 0,79%, JBS avançou 0,97% e BRF ON evoluiu 1,66%. Além das expectativas benignas para a demanda com o surto de peste suína africana na China, o Citi elevou o preço-alvo das três empresas.

- PETROBRAS PN subiu 0,26%.

- BANCO DO BRASIL caiu 0,65%. BRADESCO teve alta de 0,65% e ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,17%.

- B2W ON caiu 3,75%, com o setor de varejo registrando viés negativo após ganhos fortes na véspera. MAGAZINE LUIZA ON perdeu 0,14%.

- VIA VAREJO ON avançou 2,28%, sendo a exceção do setor. O maior acionista e presidente do conselho de administração da empresa, Michael Klein, está considerando vender a operação do Extra.com de volta para o GPA.

- EMBRAER ON subiu 0,87%. A empresa afirmou pela manhã que a greve de trabalhadores na fábrica de São José dos Campos (SP) iniciada na véspera, foi suspensa.

Fontes: Valor e Reuters

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