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24/9/2019

Fechamento de mercado (24/09/2019)

Juros

Os pontos de atenção trazidos pela ata da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, abrandaram a empolgação dos investidores com apostas muito mais agressivas de cortes nas taxas de juros, o que se refletiu no encerramento da sessão.

O colegiado reforçou que o ambiente é favorável para flexibilização monetária e manteve sobre a mesa o cenário de que a Selic, a taxa básica de juros, deve continuar a cair. Mas trouxe sinais de atenção em relação aos riscos no exterior e seus efeitos sobre o câmbio, que não estavam explícitos no comunicado da decisão, divulgado na semana passada.

Apesar de continuar a apontar que o cenário externo se manteve relativamente favorável para a condução da política monetária em economias emergentes, a ata do Copom afirmou que “o risco de cenários adversos para ativos de risco parece ter se intensificado”. Além disso, o BC se mostrou atento aos desenvolvimentos do dólar e às formas como o câmbio pode afetar os preços futuramente.

No noticiário internacional, o destaque da tarde ficou com a ameaça de abertura de um processo de impeachment contra o presidente dos EUA, Donald Trump, após conversas entre o republicano e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. A suspeita é de que Trump teria solicitado uma investigação contra o ex-vice-presidente americano Joe Biden. O democrata é favorito a ganhar a vaga de seu partido para concorrer na eleição presidencial de 2020. O site de apostas PredictIt mostrava, durante a tarde, 61% de chance de Trump ser impedido de continuar no cargo até o fim do próximo ano.

A questão política dos EUA, contudo, ficou em segundo plano. Mais cedo, os investidores também se atentaram ao adiamento da votação da Previdência na CCJ do Senado. Contudo, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), negou que o adiamento atrasará a aprovação final da reforma no plenário, marcada para 10 de outubro.

DI1F20: 5,10% (0 bps)

DI1F21: 5,02% (+2 bps)

DI1F23: 6,15% (+3 bps)

DI1F25: 6,78% (+4 bps)

DI1F27: 7,11% (+4 bps)

Câmbio

O dólar encerrou próximo à estabilidade contra o real nesta terça-feira, em meio a leve apreensão do mercado diante do adiamento da votação do parecer do relator da Previdência na CCJ, com agentes do mercado de olho nos desenvolvimentos das relações comerciais entre Estados Unidos e China. O dólar à vista teve queda de 0,03%, a 4,1695 reais na venda. Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 0,18%, a 4,1725 reais.

No exterior, divisas pares do real, como rand sul-africano, lira turca e peso mexicano, se apreciavam contra o dólar.

Com o adiamento na CCJ, a votação da reforma em primeiro turno no plenário do Senado, anteriormente prevista para ocorrer na quarta-feira desta semana, só deverá ocorrer na próxima terça, ou até mesmo na quarta.

A sensação de otimismo se sobressaía apesar de nesta terça-feira o presidente dos EUA, Donald Trump, ter criticado duramente as práticas comerciais da China em um discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), dizendo que não aceitará um “acordo ruim”.

Bolsa

Em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Trump criticou duramente as práticas comerciais da China, dizendo que não aceitará um “acordo ruim” nas negociações comerciais com Pequim.

O Ibovespa caiu 0,73%, a 103.875,66 pontos. O volume financeiro somou 14,25 bilhões de reais, ante média diária no mês de 17 bilhões de reais. Mais cedo, notícias sobre novas negociações na próxima semana permitiram uma abertura mais positiva das bolsas em Nova York, mas os comentários de Trump relembraram as incertezas sobre um desfecho na guerra comercial iniciada pelo país contra a China. O S&P 500 fechou em queda de 0,84%

Da cena local, repercutiu mal o adiamento para a próxima semana da votação do parecer do relator Tasso Jereissati sobre as emendas apresentadas à reforma da Previdência na CCJ do Senado, prevista para ocorrer nesta terça-feira.

Ainda no fronte doméstico, o Banco Central reiterou a leitura de continuidade no processo de cortes da Selic na ata da última reunião do Copom na semana passada, quando reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 5,5% ao ano.

Para o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, a ata reforça a indicação de que é provável outro corte de 0,50 p.p. na Selic outubro, mas riscos apontados pelo Copom limitam por ora qualquer indicação de que o BC possa testar níveis de taxas de juros ainda mais baixos, conforme relatório a clientes.

Há instituições, contudo, que veem a Selic abaixo de 5% no fim do ciclo de cortes.


- VALE ON caiu 2,43%, acompanhando o movimento de outras mineradoras na Europa, após forte declínio dos preços do minério de ferro na China. Entre siderúrgicas, CSN teve baixa de 4,02%. Também pesaram dados mostrando queda nas vendas pelos distribuidores de aço plano do Brasil em agosto.

- PETROBRAS PN recuou 0,76%, também minada pelo declínio dos preços do petróleo no mercado externo.

- BANCO DO BRASIL ON cedeu 3,05%, capitaneando as perdas no setor no Ibovespa. O BB confirmou a assinatura de memorando de entendimento com o UBS para uma parceria em banco de investimento e corretora no Brasil e outros países da América do Sul. O banco também disse que não há decisão sobre a data da oferta de ações do FI-FGTS.

- EMBRAER ON perdeu 3,45%, tendo no radar que metalúrgicos da empresa em São José dos Campos (SP) entraram em greve por tempo indeterminado, segundo o sindicato local. A Embraer disse que todas as áreas produtivas e administrativas da unidade estão operando com cerca de 80% das equipes.

- JBS ON e BRF ON avançaram 7,1% e 2,81%, conforme permanece o cenário favorável para exportadoras de carnes diante dos problemas com o surto de peste suína africana na China. MARFRIG ON subiu 2,72%.

- B2W ON e MAGAZINE LUIZA ON subiram 4,36% e 2,17%, diante de expectativas mais favoráveis para o consumo, após a ata do Copom endossar apostas de que o BC continuará com o ciclo de corte do custo do dinheiro no país.

Fontes: Valor e Reuters

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