DÓLAR U$3,75
S&P500 2.883,82
BITCOIN US$6.610,09
BOVESPA 85.889,22
CDI 0,53%
23/9/2019

Fechamento de mercado (23/09/2019)

Juros

Os contratos futuros de juros encerraram a sessão regular desta segunda-feira (23) em alta, ao acompanharem o avanço do dólar, que voltou a ultrapassar a marca de R$ 4,18. Os investidores, contudo, aguardam diversos eventos que marcam a semana. Nesta terça (24), a ata da reunião de semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central abre o dia, seguida de indicadores de inflação do IPCA-15 e do discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo profissionais, o mercado esteve um pouco mais defensivo hoje, entre outras razões, porque a curva fechou bastante no fim da semana passada. Como o comunicado do Copom mostrou bastante otimismo, a questão, agora, é ver se a ata confirma esse tom. Além disso, a expectativa do discurso de Bolsonaro na ONU reforça a cautela.

“Acho que a ata pode explicar um pouco melhor os cenários de inflação e dar uma clareza maior sobre como está a cabeça do Banco Central para a dinâmica de inflação”, disse Matheus Gallina, trader da Quantitas. Para ele, tanto a ata quanto o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que sai na quinta-feira (26), devem ser acompanhados de perto pelo mercado, diante do tom mais favorável ao afrouxamento monetário adotado pelo BC.

DI1F20: 5,10% (-0,5 bps)

DI1F21: 5,00% (+3 bps)

DI1F23: 6,12% (+4 bps)

DI1F25: 6,74% (+5 bps)

DI1F27: 7,07% (+4 bps)

Câmbio

O dólar encerrou em alta contra o real nesta segunda-feira com agentes do mercado monitorando os desdobramentos das negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

O dólar à vista teve alta de 0,42%, a 4,1709 reais na venda. Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 0,51%, a 4,1720 reais.

“O cenário externo está pautando tudo. A não evolução das negociações comerciais e uma certa falta de fluxo estrangeiro ajudou o real a se descolar de seus pares”, afirmou Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da consultoria independente de investimento Levante.

As moedas emergentes pares do real, como o rand sul-africano e o peso mexicano ganhavam contra o dólar, enquanto a moeda norte-americana subia frente a uma cesta de outras moedas.

Um acordo comercial entre EUA e China pareceu ter ficado mais distante na sexta-feira, depois que autoridades chinesas cancelarem inesperadamente uma visita a fazendas de Montana e Nebraska em meio a dois dias de negociações em Washington.

Nesta segunda-feira, as instituições que mais acertam as previsões para o juro básico reduziram suas estimativas para a Selic ao fim de 2019 a 4,75%, ante 5,00% na semana anterior, conforme atualização da pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, após o BC ter reduzido a taxa na semana passada e indicado corte adicional.

O BC divulgará na terça-feira a ata do Copom, na qual detalhará os motivos que levaram ao corte do juro e à indicação de mais afrouxamento monetário.

Bolsa

O Ibovespa cedeu 0,17%, a 104.637,82 pontos. O volume financeiro somava cerca de 11 bilhões de reais. A queda vem após o Ibovespa registrar o quarto ganho semanal consecutivo na última sexta-feira, acumulando no período valorização de 7,3%.

No exterior, a contração na atividade do setor privado alemão em setembro pela primeira vez em seis anos e meio destacou-se na bateria de dados PMI divulgados na Europa e Estados Unidos.

Discursos de autoridades monetárias também estiveram no radar de agentes financeiros, que monitoram informações sobre mais medidas de estímulo na Europa e sobre o tamanho do ciclo de corte pelo Federal Reserve.

No front comercial, tanto representantes dos EUA como da China declararam que as últimas negociações entre os dois gigantes econômicos foram construtivas. Investidores aguardam as conversas de alto escalão previstas para o começo de outubro.

Agentes financeiros não descartam manutenção da elevada volatilidade à frente, mas a entrada de estrangeiros no segmento Bovespa neste mês traz algum alento.

“Apesar de continuarmos com um movimento de muita cautela com o Ibovespa, continuamos a perceber uma redução mais significativa nos volumes de vendas dos investidores estrangeiros”, destacou o BTG Pactual em nota a clientes.

Dados da B3 mostraram nesta segunda-feira que o saldo externo no mercado secundário está positivo em 1,1 bilhão de reais no mês até o dia 19, embora no ano as saídas ainda superem as entradas em mais de 20 bilhões de reais.

Em um ambiente com taxa de juros básica muito baixa e aceleração gradual do PIB, “o risco de fadiga política em relação à agenda econômica atual provavelmente continuará baixo”, disse a equipe liderada por André Carvalho em relatório.

- CVC Brasil (CVCB3) fechou em queda de 3,7%, entre os destaques de baixa do Ibovespa, em sessão de alta do dólar frente ao real e tendo no radar a falência da agência de turismo mais antiga do mundo, a britânica Thomas Cook. Localiza (RENT3) cedeu 3,3% e a rival Movida (MOVI3) teve queda de 2,3%.

- Embraer (EMBR3) caiu 2%, tendo de pano de fundo investigação antitruste da União Europeia sobre o acordo da Boeing envolvendo a divisão comercial da fabricante brasileira de aviões, conforme reportagem da Reuters nesta segunda-feira.

- Petrobras PN (PETR4) subiu 1,78%, conforme os preços do petróleo no exterior melhoraram durante o pregão, encerrando a sessão com ganhos.

- Suzano (SUZB3) avançou 3,4%, com a alta do dólar em relação ao real endossando a recuperação dos papeis, que fechou a sexta-feira com queda de mais de 4% acumulada na semana.

Fontes: Valor e Reuters

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