DÓLAR U$3,75
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22/7/2019

Fechamento de Mercado (22/07/2019)

Juros

Os juros futuros acompanharam o dólar e terminaram o pregão regular desta segunda-feira (22), com leve queda nas taxas.

“Vimos um fluxo positivo no dólar pela manhã, com os treasuries de dez anos melhorando um pouco e o mercado perdendo um pouco de prêmio. O CDS também está perto das mínimas e isso dá a entender que, se as reformas forem aprovadas, podemos ter mesmo mais fluxo de entrada”, afirmou Paulo Nepomuceno, estrategista-chefe da Corretora Coinvalores. “E os juros acompanham o dólar”, completou. Nepomuceno destaca que, no lado político, falta notícia para movimentar os investidores de renda fixa e que as atenções estão voltadas para a decisão do Copom no fim do mês.

Um operador vai na mesma direção e diz que o mercado aguarda a reunião do Copom. “Só se o IPCA-15 vier muito fora da expectativa que devemos ter algum reflexo na curva”, disse. O dado de inflação será divulgado nesta terça (23) e, de acordo com a mediana das projeções coletadas pelo Valor Data, com 28 consultorias e instituições financeiras, o índice deve avançar 0,14% este mês, contra alta de 0,06% de junho.

Além disso, está no foco do mercado as medidas do governo para estimular a economia, declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro e as negociações envolvendo caminhoneiros.

DI1F20: 5,65% (-3 bps)

DI1F21: 5,50% (-5 bps)

DI1F23: 6,38% (-2 bps)

DI1F25: 6,96% (0 bps)

DI1F27: 7,29% (-2 bps)

Câmbio

O dólar fechou em ligeira baixa contra o real nesta segunda-feira, com a moeda brasileira entre os destaques positivos no mundo, num dia de liquidez menor conforme investidores aguardam sinais da política monetária no Brasil e no mundo. O dólar à vista BRBY caiu 0,15%, a 3,7396 reais na venda. Na B3, o dólar futuro DOLc1 recuava 0,23%, para 3,7415 reais.

Analistas minimizaram as variações desta segunda e, em contrapartida, destacaram o baixo volume de negócios. Pouco mais de 294 mil contratos de dólar futuros foram negociados até o fim da tarde, 23% abaixo da média diária do ano até junho. É o sétimo pregão consecutivo de giro abaixo da média.

Lá fora, o índice do dólar tinha leve alta no fim da tarde, puxado pela queda do euro, diante de expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) reduza sua taxa básica de juros nesta semana. Para a semana que vem, as atenções se voltam para os BCs dos EUA e do Brasil, que também anunciam suas decisões de juros.

Em julho, o dólar recua cerca de 2,6% ante o real, num movimento amparado em parte pela expectativa de alívio monetário no exterior. O bom momento para a moeda brasileira é expresso em números de operações especulativas com o real no mercado externo.

De acordo com dados da CFTC, dos EUA, e compilados pelo Goldman Sachs, os especuladores passaram a mostrar posição líquida comprada em real (apostando na valorização da divisa brasileira) na semana passada, num total de 100 milhões de dólares. Os mesmos analistas reduziram em 700 milhões de dólares suas posições a favor da divisa dos EUA.

Bolsa

O principal índice da bolsa paulista encerrou esta segunda-feira no azul (+0,48%), a 103.949,46 pontos, com prevalência de expectativas positivas para a temporada de resultados trimestrais, mas com o mercado atento a ruídos nos cenários político e econômico interno, incluindo a suspensão da tabela de fretes após pressão de caminhoneiros. O volume financeiro da sessão somou 11,67 bilhões de reais.

A safra de balanços do segundo trimestre das empresas do Ibovespa começa na terça-feira, com os números do Santander Brasil antes da abertura dos mercados, seguidos por Cielo após o fechamento do pregão.

Em relatório recente, o Bank of America Merrill Lynch afirmou esperar aceleração dos resultados das empresas no período, em meio a uma menor base de comparação, preços mais elevados de commodities e menores custos de financiamento.

Agentes financeiros também ficaram atentos a uma potencial paralisação dos caminhoneiros. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, suspendeu a nova tabela de pisos mínimos de fretes até quarta-feira, quando se reunirá com representantes do setor que manifestaram desagrado com a tabela mais recente.

Em outra frente, o governo anunciou congelamento adicional de 1,4 bilhão de reais nos gastos do Executivo para cumprir a meta fiscal de 2019, após o comportamento mais fraco que o esperado para a economia ter levado a um corte de mais de 5 bilhões de reais nas receitas esperadas para o ano.

BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3) subiram 3,29% e 3,97%, respectivamente, em meio a notícias de novo caso de febre suína africana da Europa. Adicionalmente, a JBS antecipou um pagamento de 750 milhões de reais a bancos.

Vale (VALE3) recuou 0,51%, após divulgar que as vendas de minério de ferro e pelotas caíram 18,2% no segundo trimestre ante mesmo período de 2018, enquanto a produção de minério de ferro recuou 33,8% na comparação anual, em meio a paradas de minas após o desastre em Brumadinho (MG).

Petrobras PN (PETR4) avançou 0,18%, em linha com o comportamento dos preços do petróleo no exterior.

Fontes: Valor e Reuters

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