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19/9/2019

Fechamento de mercado (19/09/2019)

Juros

No dia logo após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter deixado a porta aberta para novas reduções na Selic, os investidores correram para apostar em novos cortes na taxa básica. O resultado foi claro: de ponta a ponta, os juros futuros encerraram a sessão regular desta quinta-deira (19) em queda, com forte queima de prêmio de risco principalmente nos vértices mais curtos. Tudo isso veio com o respaldo de inúmeras revisões de baixa para a Selic por diversas instituições financeiras.

Com a queda das taxas futuras, o mercado passou a projetar a Selic em cerca de 4,90% no fim deste ano, nos cálculos da Quantitas. São 80% de chances de corte de 0,50 ponto na próxima decisão de política monetária, em outubro, contra 20% de chances de queda de 0,25 ponto. Além disso, as possibilidades de uma elevação do juro básico no primeiro semestre do no que vem praticamente zeraram.

Citi, Safra e Rabobank foram outras instituições que revisaram suas projeções e, agora, esperam que o juro básico chegue a 4,50%. Outros bancos, porém, optaram por adotar uma abordagem mais cautelosa e esperar pela divulgação da ata do Copom e do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), na próxima semana.

O Itaú Unibanco foi outra instituição que optou por esperar tanto o RTI quanto a ata. Em relação ao comunicado da decisão, o banco aponta que “o texto e, em particular, as projeções de inflação sugerem que o Copom pode testar níveis de taxas de juros ainda mais baixos, caso as projeções continuem a recuar”.

DI1F20: 5,125% (-5 bps)

DI1F21: 5,05% (-17 bps)

DI1F23: 6,21% (-4 bps)

DI1F25: 6,83% (+2 bps)

DI1F27: 7,16% (+2 bps)

Câmbio

O dólar encerrou em forte alta contra o real nesta quinta-feira, superando a marca de 4,16 reais, um dia depois de o Banco Central cortar a Selic e sinalizar mais redução na taxa básica de juros à frente. O dólar à vista teve alta de 1,50%, a 4,1642 reais na venda.

Segundo relatório da equipe de análise da Correparti Corretora de Câmbio, a valorização do dólar teve como principal ‘driver’ a fuga de capital estrangeiro, especialmente de fundos especulativos, em busca de melhor remuneração, após o BC cortar a taxa Selic.

“Estes fundos predadores foram a mercado comprar dólares para aportarem em outros países emergentes que têm melhor rentabilidade e um custo de hedge mais baixo como o México.”

O Banco Central cortou na quarta-feira a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, a 5,50% ao ano, dando sequência ao ciclo de afrouxamento monetário em meio à débil recuperação econômica, num processo que deve seguir adiante, segundo sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom).

No acumulado de setembro até dia 13, o fluxo cambial financeiro estava negativo em 1,8 bilhão de dólares, segundo o BC.

O corte nos juros brasileiros veio na sequência de uma redução dos juros também nos Estados Unidos. O Federal Reserve reafirmou que a perspectiva econômica dos EUA é “favorável”, com o mercado de trabalho forte e a inflação provavelmente retornando à meta do Fed (2%).

Bolsa

O Ibovespa cedeu 0,18%, a 104.339,16 pontos, após mostrar 106.001,35 pontos na máxima intradia. O volume financeiro totalizou 16,75 bilhões de reais, em linha com a média diária de 16,8 bilhões de reais em setembro.

O começo do pregão sinalizou uma possível quebra de recorde do Ibovespa para o fechamento, após o Comitê de Política Monetária (Copom) cortar a Selic em 0,5 ponto percentual, para novo piso histórica de 5,5% ao ano, e dizer que “a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo”.

Após a decisão do Copom, pelo menos XP Investimentos, UBS e BNP Paribas juntaram-se ao time que inclui Citi, Bradesco, BofA e Santander Brasil, que já prevêem juro abaixo de 5% no final do ciclo de ajuste da Selic.

Mas o cenário de Selic menor à frente, acrescentou, também funciona como incentivo para as pessoas saírem da renda fixa e investirem em bolsa, entre outros ativos, assim como diminui o custo de rolagem da dívida do Estado, ajudando na melhora do resultado fiscal, o que pode apoiar mais cortes.

“Estamos deixando de ser um país fora dos padrões mundiais de inflação e de custo de capital”, acrescentou o gestor Marcelo Mesquita, sócio na Leblon Equities. “Com as reformas em andamento, teremos a bolsa brasileira em alta por vários anos e o crescimento econômico virá cedo ou tarde.”

O Ibovespa, contudo, perdeu o fôlego conforme ações com relevante peso no índice pioraram, notadamente bancos, enquanto os papéis da Petrobras também enfraqueceram, assim como Vale. Operadores também citaram alguma realização de lucros.

No exterior, Wall Street encerrou com pequenas variações, com o S&P 500 fechando o dia estável, um dia depois de Federal Reserve cortar as taxas de juros norte-americanas e transmitir sinais contraditórios sobe uma nova redução, mas deixar a porta aberta para futuras intervenções monetárias.

- Petrobras PN (PETR4) fechou com acréscimo de 0,26%, após subir mais de 2% mais cedo, com a alta do petróleo no exterior e decisão da companhia de elevar o preço médio do diesel nas refinarias a partir desta quinta-feira após ataques a instalações da Saudi Aramco no fim de semana terem elevado os valores internacionais do petróleo.

- B2W (BTOW3) avançou 5,75%, com o setor de varejo reagindo ao cenário para a Selic, além de acordo da sua controladora Lojas Americanas para integração de plataformas de pagamentos que permitirá o acesso da fintech Ame e B2W a mais de 65 mil lojistas que usam os sistemas da Linx. Lojas Americanas PN (LAME4) subiu 2,72% e Linx (LINX3), que não está no Ibovespa, ganhou 4,46%.

- Multiplan (MULT3) subiu 3,53%, com papéis de empresas de shopping center também reagindo às perspectivas para a Selic, que motivou um ajuste de baixa nos juros futuros. BRMalls (BRML3) avançou 3,24% e Iguatemi (IGTA3) terminou com elevação de 2,17%.

- Vale (VALE3) cedeu 0,17%, após os futuros do minério de ferro na China despencarem nesta quinta-feira, na quarta sessão consecutiva de perdas, enquanto o aço também recuou, em meio a preocupações sobre a demanda futura.

- Cielo (CIEL3) caiu 5,13%, destaque na ponta negativa, tendo no radar a parceria entre Lojas Americanas e Linx, além de alta de 17,28% nos três pregões anteriores.

Fontes: Valor e Reuters

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