DÓLAR U$3,75
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CDI 0,53%
19/8/2019

Fechamento de mercado (19/08/2019)

Juros

Depois de uma manhã bastante tranquila, o mercado de juros foi tomado pelo clima de cautela que abateu toda a classe de emergentes. As taxas dos DIs saíram do zero a zero e se firmaram em alta hoje, enquanto o dólar encostava em R$ 4,07 e o Ibovespa perdia os 100 mil pontos.

De acordo com profissionais de mercado, a piora da percepção de risco se concentrou nos preços das moedas emergentes, mas outros ativos de países em desenvolvimento não foram poupados. Vale dizer, contudo, que não parece ser um quadro global de aversão ao risco. Tanto é que as bolsas americanas operam em alta, na tarde desta segunda, assim como os juros dos títulos do Tesouro americano.

Mesmo com alguns sinais de aproximação entre Estados Unidos e China, a guerra comercial travada pelas duas maiores economias do mundo não parece estar perto de uma solução e mantém o risco de uma recessão global no radar. Esse quadro deixa o investidor inquieto com posições de risco, inclusive em mercados emergentes, imprimindo mais volatilidade para os ativos.

DI1F20: 5,45% (+3 bps)

DI1F21: 5,47% (+8 bps)

DI1F23: 6,44% (+9 bps)

DI1F25: 6,95% (+10 bps)

DI1F27: 7,25% (+10 bps)

Câmbio

O dólar tornou a fechar em forte alta contra o real, diante do fortalecimento global da divisa norte-americana em meio a mais dúvidas sobre novas quedas de juros nos Estados Unidos, movimento que poderia aumentar a oferta de moeda em países como o Brasil. O dólar à vista teve alta de 1,60%, a 4,0677 reais na venda, maior nível de fechamento desde 20 de maio (4,10485 reais na venda).

Os mercados de câmbio de emergentes não conseguiram captar o bom humor visto nesta segunda nos mercados de ações, com o índice S&P 500 em alta de 1,21%, na esteira de esperanças de estímulos em países como China e Alemanha.

Segundo analistas, as moedas foram mais afetadas pelos riscos associados à política monetária nos Estados Unidos, com chances de o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) cortar os juros menos que o esperado uma vez que a economia dos EUA segue em melhor forma do que outras. "(Recentes) Dados robustos de consumo e inflação nos EUA enfraqueceram a possibilidade de que o Fed vai cortar os juros preventivamente, mantendo o tema sobre inversão das curvas de juros, saídas de recursos de emergentes e mercados de ações mais fracos", disseram estrategistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) em nota a clientes.

O tom de dúvida sobre um Fed mais disposto a cortar os juros foi reforçado nesta tarde por comentários do presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, membro votante do Fomc.

Segundo Rosengren, não é porque outros países estão afrouxando suas políticas monetárias que os EUA também deveriam fazê-lo. Além disso, para ele, as condições monetárias já estão acomodatícias e a economia está em muito bom estado no momento.

O real acumula depreciação de 6,16% em agosto, o que deixa a moeda brasileira com a terceira maior queda entre mais de 30 pares do dólar neste mês, a despeito da aprovação da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados.

Para o Morgan Stanley, o real já está entre as moedas mais baratas do universo emergente. Os profissionais destacam ainda que as posições continuam amplamente negativas em relação à moeda doméstica, o que ao mesmo tempo piora a relação risco/retorno de se montar novas posições contrárias ao real.

Bolsa

O Ibovespa fechou em baixa de 0,34%, a 99.468,67 pontos, com ações de bancos entre as maiores pressões negativas. O giro financeiro somou 26,3 bilhões de reais, inflado pelo vencimento de opções de ações, de 10,2 bilhões de reais.

Profissionais de renda variável citaram comentários de uma autoridade do Federal Reserve como uma das possíveis razões para o enfraquecimento das ações, uma vez que não sinalizou disposição para apoiar novos cortes de juros. Em Nova York, o presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, disse que as condições econômicas dos EUA ainda são boas e que uma política de estímulo poderia encorajar um endividamento preocupante.

Para o analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, o comentário não corrobora o cenário de corte nas taxas de juros norte-americanas, que tende a beneficiar ativos de mercados emergentes como é o caso das ações brasileiras.

O embate comercial entre EUA e China também segue adicionando volatilidade nos negócios, mantendo os receios com o ritmo da economia global, mesmo com perspectivas de estímulos na China e Alemanha e dados melhores da economia norte-americana.

Em Wall Street prevaleceu a repercussão positiva às expectativas de estímulos, com o S&P 500 (SPX) encerrando em alta de 1,21%.

Vale (VALE3) perdeu 0,09%, diante da queda dos contratos futuros de minério de ferro na China.

Via Varejo (VVAR3) despencou 5,48%, na quarta queda consecutiva após a empresa divulgar seu balanço trimestral.

Petrobras PN (PETR4) valorizou-se 0,5%, tendo a alta do petróleo no exterior como pano de fundo, além do vencimento de opções, uma vez que as ações costumam aparecer entre as séries mais líquidas do exercício. Petrobras ON (PETR3) subiu 1,36%.

B3 (B3SA3) avançou 2,25%, apoiada em números melhores sobre negociação no segmento Bovespa.

Fontes: Valor e Reuters

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