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17/7/2019

Fechamento de Mercado (17/07/2019)

Juros

O dia foi marcado por pouca oscilação no mercado de juros futuros nesta quarta-feira (17), com os investidores aguardando novas informações sobre a reforma da Previdência. Enquanto a tramitação do projeto está parada devido ao recesso parlamentar, o exterior e o cenário de corte de juros no Brasil são os assuntos que levam a ajustes.

Donald Trump afirmou que poderia elevar as tarifas sobre produtos importados da China se ele “quisesse”, acendendo o sinal de alerta do mercado. Na Europa, a taxa de inflação do consumidor (CPI) subiu 0,2% em junho contra maio e acumulou variação de 1,3% no ano.

Segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, é bem provável que o BC corte os juros na próxima reunião. A questão agora é a magnitude do corte, se vai ser de 0,25 ponto percentual ou 0,50 ponto. Isso tem trazido algumas movimentações na curva de juros, que precifica, hoje, corte de 0,40 ponto e está mais perto do movimento de 0,50

Luis Laudisio, operador da Renascença, conta que investidores estrangeiros e locais estão ajustando suas posições. “Os estrangeiros estão zerando ou até ficando ‘tomados’ [comprados, apostando na alta das taxas] nos vértices mais curtos e intermediários, até janeiro de 2021, dado que a curva chegou a precificar corte de 1,3 ponto percentual na Selic. Já os investidores locais mantêm as posições ‘aplicadas’ [vendidas, apostando na queda das taxas] acreditando que o BC inicia, na reunião do fim do mês, o ciclo de corte, com grande parte das apostas em movimento de 0,50 ponto percentual já de início”, explicou o operador.

DI1F20: 5,70% (-3 bps)

DI1F21: 5,57% (-1 bps)

DI1F23: 6,37% (-1 bps)

DI1F25: 6,96% (0 bps)

DI1F27: 7,31% (0 bps)

Câmbio

O dólar teve leve queda ante o real nesta quarta-feira, respondendo mais uma vez ao movimento da moeda no exterior, onde predominam expectativas de que o Federal Reserve reduzirá os juros no fim deste mês, o que tende a melhorar a liquidez e atrair capital para mercados como o Brasil. O dólar à vista caiu 0,25%, a 3,7617 reais na venda. O índice, que mede o valor do dólar frente a uma cesta de divisas, cedia 0,18% no fim da tarde.

Bolsa

O índice encerrou esta quarta-feira com leve alta, após quatro dias no vermelho, com papéis de varejistas em destaque, em meio ao otimismo com a sinalização de que o governo pretende liberar saques de recursos do FGTS. O Ibovespa teve variação positiva de 0,08%, a 103.855,53 pontos. O volume financeiro da sessão somou 32,79 bilhões de reais, em dia marcado pelo vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.

O presidente Jair Bolsonaro confirmou, na Argentina, que o governo anunciará esta semana a liberação de recursos de contas do FGTS para trabalhadores. Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse esperar que sejam liberados 42 bilhões de reais com a medida.  Ações de empresas de consumo estiveram entre as líderes de ganhos. Em relatório, o Credit Suisse afirmou que a liberação dos recursos deve ajudar companhias de shopping centers, mas pode afetar os planos de crescimentos de construtoras com foco na baixa renda.

Em outra frente, o Bank of America Merrill Lynch previu aceleração no crescimento dos lucros das empresas do Ibovespa nos resultados do segundo trimestre, em meio a uma menor base de comparação, preços mais elevados de commodities e menores custos de financiamento.

No mercado externo, Wall Street encerrou com os principais índices em baixa, com preocupações sobre o embate comercial entre Estados Unidos e China e apreensões sobre o equilíbrio entre política monetária e crescimento.

Magazine Luiza (MGLU3) subiu 4,44%. As notícias sobre o FGTS também levantaram ações de outras varejistas. O índice do setor de consumo avançou 0,54%, com Lojas Renner (LREN3) subindo 0,54% e B2W (BTOW3) avançando 2,9%. Via Varejo (VVAR3) ganhou 2,52%, acumulando mais de 40% de valorização neste mês.

Eletrobras PNB (ELET6) e Eletrobras ON (ELET3) saltaram 3,88% e 3,99%, respectivamente. O jornal o Estado de S.Paulo publicou que o governo prepara novo projeto de lei ao Congresso para viabilizar a privatização da companhia, com a União deixando o controle acionário. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia dissera que a capitalização da Eletrobras reduzirá a fatia estatal na empresa a uma posição minoritária.

Kroton (KROT3) avançou 2,13% e Estacio (ESTC3) subiu 2,18%. O Ministério da Educação (MEC) quer elevar a fatia de setor privado em instituições públicas de ensino superior, que segundo a pasta terão acesso a mais de 100 bilhões de reais por meio do programa Future-se.

Gol (GOLL4) recuou 4,11%, maior queda do dia, após valorização recente. Azul (AZUL4) perdeu 0,72%.

Vale (VALE3) cedeu 0,68%, em sessão de queda dos preços do minério de ferro na China, tendo ainda no radar recuperação de produção da rival BHP e a notícia do Valor de que investidores iniciaram arbitragem contra a companhia na B3 por Brumadinho.

Fontes: Valor e Reuters

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