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16/10/2019

Fechamento de mercado (16/10/2019)

Juros

Consequência do processo de desaquecimento da economia mundial, o ambiente desinflacionário ao redor do globo voltou a influenciar o humor dos investidores, que renovaram as apostas em um cenário ainda mais agressivo de acomodação monetária pelo Banco Central (BC). Depois que apostas de uma Selic a 4% em 2020 entraram no radar do mercado, instituições não descartam que esse cenário se faça presente ainda este ano, enquanto projetam que o juro pode cair abaixo desse nível no próximo ano.

É o caso da gestora de fundos de investimento do Itaú Unibanco, a Itaú Asset Management, que passou a projetar o juro básico a 4% no fim deste ano e a 3,75% no fim de 2020, enquanto a inflação medida pelo IPCA ficaria em 3,6% no ano que vem. No cenário da instituição, o juro real brasileiro ficaria bem próximo de zero no próximo ano.

Esse contudo, não é o consenso do mercado. Na pesquisa Focus, do BC, a estimativa é de Selic a 4,75% no fim deste ano. O cenário de juro real perto de zero é visto com reticência pela Porto Seguro Investimentos. “A lentidão na retomada da atividade doméstica tem gerado diversas revisões nas projeções de inflação de curtíssimo e de médio prazo. Mesmo assim, acho difícil chegarmos a um nível de juro real zero”, afirmou o economista-chefe da instituição, José Pena. A Porto Seguro vê, por enquanto, o fim do ciclo de afrouxamento do BC com a Selic a 4,75%, mas ressalta que o cenário está sendo revisto e que o juro básico deve terminar o atual ciclo em 4,50% ou 4,25%, nível que seria mantido ao longo do próximo ano.

DI1F20: 4,88% (-4,5 bps)

DI1F21: 4,53% (-10 bps)

DI1F23: 5,49% (-15 bps)

DI1F25: 6,20% (-14 bps)

DI1F27: 6,57% (-13 bps)

Câmbio

No fechamento do pregão no mercado spot, o dólar caiu 0,27%, a 4,1542 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez cedia 0,63%, a 4,1585 reais, às 17h01.

Bolsa

Após ter operando no vermelho durante boa parte da sessão, o índice ganhou fôlego no final, fechando perto da máxima, a 105.422,80 pontos, com alta de 0,89%. O giro financeiro da sessão somou 31,5 bilhões de reais, em sessão que contou com o vencimento de opções sobre o Ibovespa e índice futuro.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não deve assinar um acordo comercial com a China até se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, em fórum no Chile.

A Guide Investimentos avaliou que a aprovação de medidas de apoio a Hong Kong pela Câmara dos Deputados dos EUA pode dificultar a relação entre Washington e Pequim. O governo chinês advertiu que tomará medidas efetivas para proteger firmemente sua soberania.

Em Wall Street, o S&P 500 recuou 0,19%. A economia dos EUA se expandiu em ritmo moderado em setembro e meados de outubro, mas muitas empresas estão sob maior pressão nos próximos meses, informou o Livro Bege do Federal Reserve, o último sinal de que o impacto das políticas comerciais do governo de Donald Trump continuam obscurecendo as perspectivas econômicas do país.

Para Igor Ghellardi, sócio da DOC Concierge, a postura mais “dovish” do Federal Reserve no Livro Bege sinaliza mais cortes na taxa de juros, o que ajudaria países emergentes, como o Brasil.

No Brasil, o Senado aprovou na noite da véspera o projeto que define os critérios de distribuição de parte dos recursos obtidos com o leilão de petróleo da cessão onerosa, abrindo espaço para votação da reforma da Previdência, no dia 22, o que repercutiu na sessão desta quarta-feira.

A equipe econômica da Itaú Asset Management cortou projeção para a Selic no fim de 2019, de 4,75% para 4%, e de 4,5%, para 3,75% no fim de 2020.

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB avançaram cerca de 4%, com a expectativa de privatização da empresa.

- VALE caiu 2,32%, após queda de mais de 3% nos futuros do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian, para o menor nível em 6 semanas. O movimento ocorreu depois que o pólo siderúrgico de Tangshan emitiu alerta de poluição de segundo nível, que exige que usinas de aço limitem suas operações.

- LOCALIZA perdeu 1,38%. A Brasil Plural alertou para o projeto na Câmara que prevê aumento do prazo sem recolhimento de ICMS, de 12 para 24 meses a revendedores de veículos, o que pode afetar locadoras de automóveis.

- PETROBRAS PN ganhou 1,2%, acompanhando o índice na sexta sessão consecutiva de alta, tendo de pano de fundo avanço do preço do petróleo no mercado internacional.

- GPA PN valorizou-se 1,25%, após divulgar que suas vendas somaram 14,57 bilhões de reais de julho a setembro, alta de 9,5% ante o mesmo período de 2018.

- EMBRAER caiu 0,3 por cento. O PDT enviou ao Supremo Tribunal Federal um pedido de liminar em caráter de urgência para suspensão do processo de venda do controle da divisão de aviação comercial da Embraer para a norte-americana Boeing, informou o diretório nacional do partido.

Fontes: Valor e Reuters

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