DÓLAR U$3,75
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10/9/2019

Fechamento de mercado (10/09/2019)

Juros

Diante da expectativa dos investidores com os rumos da política monetária global, os juros futuros encerraram estáveis. No exterior, os agentes avaliam a possibilidade de, na quinta-feira (12), o Banco Central Europeu (BCE) não ser tão acomodatício quanto o esperado. Com essa possibilidade no foco, o Bund alemão voltou a atrair as atenções dos mercados ao ver seu yield subir para -0,547%, maior nível desde 6 de agosto.

Desde segunda (9), os rendimentos dos Bunds apresentam alta expressiva, apoiada na expectativa de que o governo alemão promova estímulos fiscais para apoiar a economia, que está em desaceleração, após ser atingida pelos conflitos comerciais entre Estados Unidos e China.

No campo monetário, o foco está na reunião do BCE. Investidores acreditam que os conflitos entre os dirigentes mais favoráveis ao aperto monetário e os mais favoráveis ao afrouxamento façam a autoridade monetária da zona do euro não adotar uma ampla gama de estímulos ao menos neste encontro. Apesar da maior rentabilidade dos títulos alemães nesta semana, economistas alertam que o cenário continua a ser de afrouxamento das condições monetárias.

Com os desenvolvimentos monetários no foco, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deixou a porta aberta para novas reduções na Selic durante evento em Londres. Durante sua apresentação, o dirigente afirmou que “a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo”. O consenso do mercado aponta para um corte de 0,50 ponto porcentual no juro básico, que recuaria de 6,00% para 5,50%.

DI1F20: 5,31% (0 bps)

DI1F21: 5,34% (-1 bps)

DI1F23: 6,43% (-1 bps)

DI1F25: 6,99% (-1 bps)

DI1F27: 7,30% (-2 bps)

Câmbio

O dólar encerrou em leve queda contra o real nesta terça-feira, em sessão marcada por uma volatilidade no mercado doméstico de câmbio, que monitora os desdobramentos das questões externas —como Brexit, guerra comercial entre China e EUA e a demissão do assessor de Segurança Nacional norte-americano, John Bolton.

O dólar à vista teve queda de 0,09%, a 4,0957 reais na venda. Para Camila Abdelmalack, economista-chefe da CM Capital Markets, enquanto dados econômicos fracos da China alimentaram os temores sobre uma recessão global, impulsionando o dólar, notícias envolvendo a compra de grãos norte-americanos pela China e a demissão do assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, ajudaram a compensar parte das perdas do real.

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da China caiu 0,8% em agosto contra um ano antes, aprofundando o declínio ante a taxa negativa de 0,3% de julho e contabilizando a pior contração ano a ano desde agosto de 2016, mostraram dados nesta terça-feira.

Também nesta terça-feira, o South China Morning Post (SCMP) afirmou, citando uma fonte, que a China deve passar a comprar mais produtos agrícolas dos EUA na esperança de obter um melhor acordo comercial com os norte-americanos, elevando as expectativas de uma solução na disputa de comércio que já dura um ano.

As moedas emergentes pares do real, como o rand sul-africano e o peso mexicano, também se beneficiaram do cenário externo mais positivo registrando perdas. Contra uma cesta de moedas, a moeda norte-americana tinha leve alta de 0,1%, a 98,381.

Bolsa

O Ibovespa fechou em queda de 0,14 por cento, a 103.031,50 pontos. O volume financeiro somou 17,4 bilhões de reais.

Em Wall Street, a queda nas ações de empresas de tecnologia pesou sobre os índices acionários, também afetados por preocupações sobre o crescimento global após dados econômicos chineses apontarem desaceleração da segunda maior economia do mundo. O S&P 500 teve oscilação positiva de 0,03%, Dow Jones avançou 0,3%, mas o Nasdaq recuou 0,04%.

O viés no exterior foi brevemente mitigado após a notícia de que a China deve passar a comprar mais produtos agrícolas dos Estados Unidos na esperança de obter um melhor acordo comercial, publicou o South China Morning Post, citando fonte.

No noticiário corporativo nacional, se destacou a chegada ao Brasil do serviço de assinatura Prime, da Amazon, pressionando os papéis de empresas do varejo. Analistas do BTG Pactual avaliaram em nota a clientes que este é mais um movimento de expansão do negócio da Amazon no Brasil e que pode pressionar os papéis da B2W e Magazine Luiza no curto prazo.

Apesar disso, e de reconhecer o movimento e a força global da Amazon, a equipe do BTG ressaltou que varejistas locais vêm investindo em aumento de tráfego e sortimento de produtos em suas plataformas, além de um melhor nível de serviço, “os quais são, em nossa visão, três pilares fundamentais para se ter sucesso no e-commerce brasileiro e que fazem com que estejam mais bem preparados para a consolidação do mercado local”.

B2W (BTOW3) despencou 4,8%, Via Varejo (VVAR3) cedeu 3,7% e Magazine Luiza (MGLU3) perdeu 5,5%, após a Amazon anunciar o lançamento do Prime no Brasil, serviço que inclui frete gratuito para todo o país e prazo de entrega máximo de 48 horas em mais de 90 municípios. Em Nova York, Mercado Livre (MELI US) recuou 4,2%, enquanto os papéis da Amazon caíram 1%.

Kroton (KROT3) e YDUQS (YDUQ3) subiram 3,3% e 3,4%, entre as maiores altas, tendo de pano de fundo avaliações de que o setor de educação figura entre os mais protegidos da turbulência externa e que tende a se beneficiar da aguardada retomada da economia brasileira enquanto a educação pública segue alvo de cortes de orçamento.

Gerdau PN (GGBR4) avançou 3,1%, tendo no radar que o fundo norte-americano Capital lnternational lnvestors elevou a participação na siderúrgica para o equivalente a 10,08% das preferenciais da empresa. Reportagem do Estadão também traz que o desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu ação penal contra 4 executivos da Gerdau. A suspensão, em caráter liminar, tem validade até a análise do mérito do pedido. No setor, CSN (CSNA3) subiu 3%. Usiminas (USIM5) avançou 0,36%, após saltar cerca de 8% na véspera.

Fontes: Valor e Reuters

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