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8/10/2019

Fechamento de mercado (08/10/2019)

Juros

s juros futuros renovaram as mínimas históricas de fechamento nesta terça-feira (8), ao recuarem de ponta a ponta da curva, após a deflação no atacado dos Estados Unidos, entre agosto e setembro, fortalecer o argumento para cortes adicionais nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano). Comentários do presidente da autoridade monetária dos EUA, Jerome Powell, sobre o crescimento do balanço patrimonial da instituição foram monitorados pelos investidores, assim como o andamento da reforma da Previdência no Congresso.

Contrariando a expectativa de alta de 0,1% na passagem de agosto para setembro, o índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA recuou 0,3% no período. A reação foi instantânea e os mercados passaram a precificar novos cortes nos juros americanos. De acordo com os contratos dos Fed funds, compilados pelo CME Group, há 83,9% de chance de uma redução de 0,25 ponto percentual nos juros ainda este mês, enquanto ontem a possibilidade estava em 74,8%.

Durante a tarde, Powell se ateve a comentar que o cenário de inflação é positivo nos EUA. Ele, contudo, anunciou que, em breve, o banco central anunciará medidas para aumentar as reservas dos bancos e apontou que o Fed pretende contemplar compras de títulos depois do aumento da volatilidade nos mercados monetários, embora tenha enfatizado que o esforço não deve ser confundido com programas anteriores de relaxamento quantitativo (QE).

A política monetária nos EUA não foi o único fator no foco dos investidores. No campo político, chamou atenção um tuíte do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que disse que há um acordo para que a votação em segundo turno da reforma da Previdência ocorra no dia 22 de outubro. Até o momento, o que travava o andamento da reforma era a disputa pelos recursos do megaleilão do pré-sal. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), chegaram a um acordo para votar a cessão onerosa amanhã na Câmara e na próxima terça-feira no Senado.

Nos minutos finais do pregão, o sentimento de que as tensões comerciais entre EUA e China estariam se aprofundando afetou os mercados de câmbio e de ações, enquanto os juros futuros se mantiveram próximos das mínimas do dia. Com os sinais de que novos cortes na Selic estão a caminho, o mercado de juros tem destoado dos outros em algumas ocasiões. Para Roberto Secemski, economista-chefe para Brasil do Barclays, “o mercado parece estar deixando de lado os cenários em que os riscos, principalmente os externos, afetam a inflação adversamente”.

DI1F20: 4,987% (-1,6 bps)

DI1F21: 4,81% (-7 bps)

DI1F23: 5,97% (-5 bps)

DI1F25: 6,60% (-4 bps)

DI1F27: 6,95% (-3 bps)

Câmbio

O dólar encerrou em queda contra o real nesta terça-feira com agentes do mercado monitorando questões envolvendo as negociações comerciais entre Estados Unidos e China e as sinalizações do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre o futuro dos juros nos EUA.

O dólar à vista caiu 0,31% nesta terça, a 4,0917 reais na venda. Na B3, o dólar futuro fechou em queda de 0,30%, a 4,1010 reais.

Bolsa

O Ibovespa caiu 0,59%, a 99.981,40 pontos, após sessão volátil, tendo oscilado da mínima de 99.867,59 pontos à máxima de 101.296,28 pontos. O volume financeiro somou 14,29 bilhões de reais. Investidores começaram a sessão com a notícia de que os EUA incluíram importantes startups de inteligência artificial chinesas em lista de sanções, o que desagradou Pequim, além de declaração da véspera do presidente Donald Trump, de que ele não ficará satisfeito com um acordo parcial.

Também pesou notícia do China Morning Post de que Pequim reduziu as expectativas antes das negociações programadas para quinta-feira entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

“A economia global ainda está assombrada pelo aumento das incertezas para os próximos anos”, observou a equipe do BTG Pactual em nota a clientes, destacando que os mercados seguem atentos e com elevada volatilidade em razão de novas preocupações relacionadas a guerra comercial EUA-China.

A pauta da terça-feira ainda contou com fala do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, que sinalizou uma abertura para novos cortes de juros em meio aos riscos econômicos globais e disse que o momento de permitir que a carteira de ativos do Fed comece a se expandir novamente “está chegando”.

Na visão do BTG Pactual, os ativos brasileiros continuam acompanhando de perto o movimento do exterior, além da ansiedade com o andamento das reformas, acrescentando ser difícil definir uma tendência com a volatilidade em níveis considerados preocupantes.

“Vemos os investidores com muito mais cautela...porém são estes momentos que também geram oportunidade de bons negócios”, observou a equipe do BTG em nota distribuída pela área de gestão do banco.

O aumento da aversão a risco externo com receios sobre o ritmo de crescimento global fez a bolsa brasileira começar outubro com forte saída líquida de capital externo das negociações no mercado secundário, que já alcança 6 bilhões de reais até o dia 4.

Na cena doméstica, a equipe da XP Investimentos também observa alguma preocupação quanto à evolução das reformas no Brasil, citando entre os fatores as discussões sobre a divisão entre Estados e municípios de parte dos recursos de megaleilão de áreas de petróleo previsto para novembro.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), afirmaram que as negociações avançaram na Câmara. Se fechado um acordo sobre o tema, a reforma da Previdência poderia ser votada na penúltima semana do mês.

O presidente-executivo da BNP Paribas Asset Management Brasil, Luiz Sorge, destacou que o Brasil tem feito a ‘lição de casa’, mas precisa continuar o trabalho a fim de se destacar em relação a outros mercados emergentes em momentos nos quais o mundo está sofrendo um pouco.

- BRADESCO PN fechou com oscilação negativa de 0,09%, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN desvalorizou-se 0,43%, em sessão sem viés único no setor no Ibovespa, com BANCO DO BRASIL recuando 1,8%, mas BANCO BTG PACTUAL UNIT avançando 2%. SANTANDER BRASIL UNIT terminou em baixa de 0,16 por cento em sessão com evento do banco com investidores e analistas, no qual o presidente estimou crescimento anual de 10% na carteira de crédito do banco até 2022. Após o fechamento do mercado, no entanto, o Santander Brasil divulgou projeção de atingir crescimento médio de mais de 10 por cento na carteira até 2022.

- ELETROBRAS ON ganhou 0,56% e ELETROBRAS PNB caiu 1,3%. A elétrica de controle estatal informou na véspera que discute com sua controladora a possibilidade de capitalização de Adiantamentos para Futuros Aumentos de Capital (AFACs) no valor de cerca de 3,9 bilhões de reais, feitos à empresa pela própria União nos últimos anos.

- VALE caiu 1,6%, apesar da alta dos contratos futuros de minério de ferro na China, pressionando o Ibovespa, em movimento alinhado ao comportamento de ações de mineradoras na Europa. Também o setor siderúrgico acompanhou pares no exterior, com CSN cedendo 4,3%, USIMINAS PNA perdendo 0,8% e GERDAU PN recuando 1,8%.

- KROTON fechou em baixa de 3,7%, um dia após encontro com analistas e investidores, quando anunciou criação de holding para supervisionar quatro empresas focadas no ensino superior e no ensino fundamental e médio, como parte de uma ampla remodelação organizacional. Analistas do UBS afirmaram que a companhia anunciou várias mudanças que os deixaram com uma visão positiva, mas que precisam de mais clareza para avaliar o valor da estratégia.

Fontes: Valor e Reuters

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