Juros
Com o respaldo das apostas em juros baixos em todo o mundo e o alívio nas tensões comerciais, o mercado brasileiro de taxas futuras retomou a trajetória de queda, num movimento que se estendeu nesta quinta-feira (8).Foram três baixas seguidas na B3, que já zeraram todo o efeito da aversão ao risco que marcou a virada do mês de julho para agosto.
Nesta quinta, o movimento foi patrocinado por uma série de fatores, tanto locais quanto externos. Domesticamente, a aprovação da reformada Previdência sem modificações em segundo turno na Câmara confirmou as expectativas dos investidores, tirando da frente o risco potencial de frustração. Agora, a medida segue para o Senado sob a expectativa do mercado de que, esta, será uma fase mais tranquila até aprovação.
DI1F20: 5,48% (-3 bps)
DI1F21: 5,40% (-3 bps)
DI1F23: 6,33%
DI1F25: 6,82% (-5 bps)
DI1F27: 7,12%
Câmbio
A melhora do sentimento de risco no exterior beneficiou toda a classe de ativos arriscados neste pregão, entre eles as moedas emergentes como o real. Nesse embalo, a moeda americana encerrou o dia em baixa de 1,20%,a R$ 3,9271.
Este é o menor patamar desde a última sexta-feira, quando o dólar encerrou cotado a R$ 3,8914. O real também foi a segunda moeda com melhor desempenho no dia, atrás apenas do peso colombiano. Na outra ponta, apenas cinco entres as 33 divisas mais negociadas do mundo cediam terreno contra o dólar.
Bolsa
O momento de aparente trégua na escalada de tensões comerciais entre China e Estados Unidos abriu espaço para uma recuperação dos ativos de risco no exterior e levou o Ibovespa a retornar aos patamares pré-turbulência. Depois de chegar à mínima nos 99 mil pontos nesta semana, o índice se recuperou e subiu 1,30%, aos 104.115 pontos hoje. É o maior patamar desde 24 de julho, quando fechou em 104.119 pontos.
O giro financeiro permanece bastante alto, como se vê ao longo deste ano.O movimento do Ibovespa considera compras e vendas de ações e, neste caso,tanto a movimentação de compra dos fundos locais quanto as fortes saídas de estrangeiros entram na conta. Entre compras e vendas de ações, o Ibovespa rodou R$ 15 bilhões hoje — acima dos R$ 12,3 bilhões de giro médio diário em 2019.
Fontes: Valor e Reuters