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7/10/2019

Fechamento de mercado (07/10/2019)

Juros

Os juros futuros encerraram a sessão regular desta segunda-feira (7) em ligeira alta, alinhados ao comportamento do dólar, que voltou a ultrapassar a marca de R$ 4,10. O andamento da agenda de reformas no Congresso esteve no foco dos agentes, que também monitoraram as relações comerciais sino-americanas na semana em que autoridades das duas maiores economias do globo voltarão a negociar.

O noticiário político concentrou as atenções dos investidores, com a votação em segundo turno da reforma da Previdência no plenário do Senado ainda sem data definida. Na semana passada, após o texto ser aprovado em primeiro turno, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que tentaria votar o texto ainda nesta semana. O caminho, porém, se mostra repleto de obstáculos, como a cessão onerosa e a canonização da Irmã Dulce.

No domingo (6), o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir a distribuição dos recursos do leilão do pré-sal. O assunto é usado como moeda de troca pelos senadores para a aprovação da reforma da Previdência sem novas desidratações que afetem o texto principal. Já a canonização da Irmã Dulce no próximo domingo (13), no Vaticano, também é vista como um evento que pode atrasar a votação, já que deve contar com a presença de senadores.

Com a agenda econômica no radar, gerou algum ruído nos negócios o rumor de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, cogitaria deixar o cargo no início do próximo ano. A informação, contudo, foi desmentida pela pasta na tarde desta segunda. O avanço das taxas curtas, porém, se mostrou limitado, de acordo com Vitor Carvalho, sócio e gestor da Laic-HFM, tendo em vista que “a projeção para a Selic continua a mesma e o Banco Central deve manter sobre a mesa novos cortes nos juros”.

DI1F20: 5,003% (-0,1 bps)

DI1F21: 4,88% (+3 bps)

DI1F23: 6,02% (+6 bps)

DI1F25: 6,64% (+5 bps)

DI1F27: 6,98% (+5 bps)

Câmbio

O dólar encerrou em alta contra o real nesta segunda-feira, em dia de maior aversão a ativos de risco no exterior, com agentes do mercado monitorando o desenvolvimento das negociações comerciais EUA-China.

A moeda norte-americana fechou em 4,1045 reais, com valorização de 1,15%. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 1,18%, a 4,1125 reais.

“Tivemos um dia de muitas incertezas, todas elas mais conectadas ao cenário externo e sem grandes parâmetros locais para justificar o movimento de alta”, afirmou Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

O apetite geral dos investidores por risco era fraco nesta segunda, com a moeda norte-americana se valorizando contra a maioria de suas divisas. O humor foi afetado depois que a Bloomberg afirmou que as autoridades chinesas estavam relutantes em concordar com o amplo acordo comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

As negociações comerciais de alto escalão entre os dois países serão retomadas na quinta-feira. “A tendência é que a moeda fique mais ou menos nesse intervalo de negociação ao longo da semana, a menos que haja alguma notícia muito impressionante”, completou Vieira.

Segundo operadores, os mercados também se mantinham atentos às declarações das autoridades do Fed para mais sinais sobre o futuro da política monetária do banco central dos EUA.

Nesta segunda, os juros futuros dos EUA indicavam que operadores veem 73,2% de chance de o Fed cortar os juros para um intervalo entre 1,50% e 1,75% em sua próxima reunião de política monetária, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.

Na cena doméstica, agentes do mercado seguem monitorando as movimentações da equipe econômica do governo, em meio a temores de que disputas em torno da cessão onerosa possam comprometer o calendário original de conclusão da votação da proposta da reforma da Previdência no Senado, embora seja certo entre senadores e integrantes do Executivo que o texto será aprovado na Casa.

Nesta segunda, o governo encaminhou ao Congresso projeto de lei para a modernização da legislação cambial, com propostas de consolidação e simplificação das normas desse mercado. O texto, que só entrará em vigor um ano após sua aprovação, prevê a entrada de fintechs no mercado de câmbio e abre espaço para a abertura de contas em dólar no país por pessoas físicas.

Bolsa

O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, com ações do setor financeiro entre as maiores pressões negativas, em pregão também marcado por expectativas para negociações comerciais entre Estados Unidos e China na semana.

O índice caiu 1,93%, a 100.572,77 pontos. O volume financeiro da sessão somava 13,4 bilhões de reais.

Fontes: Valor e Reuters

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