DÓLAR U$3,75
S&P500 2.883,82
BITCOIN US$6.610,09
BOVESPA 85.889,22
CDI 0,53%
4/11/2019

Fechamento de mercado (05/11/2019)

Juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central parece ter traçado um limite claro para a extensão do ciclo de corte de juros no Brasil. A taxa básica de juros, a Selic, tem espaço para cair mais um pouco nos próximos meses, mas não deve atravessar a fronteira dos 4%. A cautela sinalizada pelo Copom, tanto no comunicado divulgado após o encontro quanto na ata da reunião, divulgada nesta terça-feira (5), forçou o mercado a corrigir apostas de que a Selic pode cair a níveis muito mais baixos do que os atuais 5%.

Um dos casos mais notáveis, a Itaú Asset Management, gestora de fundos de investimento do Itaú Unibanco, revisou suas projeções para a Selic e já não vê a taxa básica escorregando para a casa dos 3% no fim de 2020. A projeção da asset para o fim de 2019 foi de 4% para 4,50% e passou de 3,75% para 4,25%, no próximo ano.

“O Copom claramente quis delimitar as expectativas do mercado para a taxa de juros, que provavelmente seriam direcionadas para a região de 3%”, afirmou o economista-chefe do UBS Brasil, Tony Volpon. Para ele, a menos que haja uma grande falha nas projeções de inflação do BC, o nível terminal da Selic para essa parte do ciclo parece ser de 4,50% ou, se o desempenho da inflação continuar a ficar abaixo da previsão do BC, de 4,25%.


DI1F20: 4,749% (-0,9 bps)

DI1F21: 4,51% (+1 bps)

DI1F23: 5,50% (+7 bps)

DI1F25: 6,05% (+5 bps)

DI1F27: 6,39% (+4 bps)

Câmbio

O dólar caiu ante o real nesta terça-feira, com a moeda brasileira entre as de melhor desempenho no dia entre seus pares, com os mercados digerindo o pacote econômico apresentado pelo governo, na véspera do megaleilão dos excedentes de petróleo da cessão onerosa.

A valorização do iuan e de outras divisas sensíveis a questões comerciais, como won sul-coreano, também ajudou a alimentar o apetite por moedas de risco, a exemplo da brasileira. O dólar à vista fechou em baixa de 0,47%, a 3,9932 reais na venda. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez recuou 0,45%, a 4,0005 reais.

No leilão marcado para quarta-feira as empresas podem pagar até 106,5 bilhões de reais em bônus de assinatura para blocos que o Brasil diz que podem conter até 15 bilhões de barris de óleo equivalente não explorados.

O Morgan Stanley estima que 8,5 bilhões de dólares devem ingressar até o fim do ano, mas analistas do banco não descartam subsequentes fluxos de coparticipação ao longo de todo o ano de 2020.

Também repercutiu o plano econômico entregue ao Senado nesta terça-feira, com o Ministério da Economia prevendo a liberação de até 50 bilhões de reais para investimento em dez anos com a chamada PEC Emergencial, que aciona gatilhos de ajuste fiscal no caso de descumprimento da regra de ouro, que faz parte do pacote.

Outro ponto de apoio ao câmbio nesta sessão foi a sinalização do Banco Central de mais cautela em eventuais futuros cortes de taxas de juros. A queda da Selic a mínimas recordes e a possibilidade de reduções mais agressivas vinham pressionando o real nos últimos meses, por diminuírem a atratividade da moeda como ativo.

Bolsa

O Ibovespa fechou em queda de 0,06%, a 108.719,02 pontos. O giro financeiro da sessão somou 20,8 bilhões de reais.

Com o cenário internacional tranquilo, as atenções do mercado se voltaram para o noticiário local, que foi extenso. Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, entregaram três Propostas de Emendas à Constituição (PEC) do novo pacto federativo ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Guedes avaliou que o ambiente no Congresso é receptivo às iniciativas, mas reconheceu que o tempo de apreciação de cada uma dessas PECs deve variar.

“Não existe nenhuma chance de alguma dessas propostas tramitar ainda esse ano”, afirmou a corretora BGC, acrescentando que o evento foi um ato político, sem efeito prático.

Investidores também repercutiram a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, divulgada pela manhã. Nela, o BC reiterou que deve cortar o juro básico em 0,5 ponto percentual em sua próxima e última reunião do ano.

Na agenda corporativa, o destaque negativo foi JBS, que caiu forte após o procurador-geral da República, Augusto Aras, ter pedido rescisão dos acordos de delação premiada firmados por ex-executivos da companhia.

Também pressionando o Ibovespa, as ações da Petrobras recuaram, um dia antes do leilão do pré-sal.

TIM divulga seu balanço trimestral ainda nesta terça-feira. Após o fechamento do pregão, Engie anunciou que teve lucro líquido de 742,7 milhões de reais no terceiro trimestre.


- ITAÚ UNIBANCO ganhou 1,73%. O presidente, Candido Bracher, afirmou que o banco deve fechar 2019 na parte mais alta da previsão de custo de crédito e que a provisão para inadimplência deve crescer em linha com a expansão do crédito. No setor, BRADESCO PN teve oscilação positiva de 1,35% e BANCO DO BRASIL subiu 0,63%.

- ELETROBRAS ON caiu 0,74%. O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira projeto de lei que permitirá a desestatização da empresa.

- BTG PACTUAL valorizou-se 1,52% após divulgar alta de 56,6% no lucro líquido do terceiro trimestre. A receita total do banco subiu 74% em relação ao mesmo período do ano anterior, a 2,184 bilhões de reais.

- B2W GLOBAL saltou 3,98%, maior alta do índice.

- CYRELA caiu 2,49%, em sessão de ajustes após a empresa registrar fortes altas nas duas sessões anteriores.

- VALE fechou a sessão com alta de 0,1%, em sessão volátil. A mineradora acumulou avanço de mais de 5% nas duas sessões deste mês até a véspera.

- JBS despencou 3,87%. O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu a rescisão dos acordos de delação premiada firmados por ex-executivos da JBS.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON (PETR3.SA) caíram 2,34% e 1,27%, respectivamente, um dia antes do leilão do pré-sal. Integrantes de sindicatos dos petroleiros entraram com ações na Justiça tentando barrar o leilão, que serão realizados na quarta e quinta-feiras, no Rio de Janeiro.

Fontes: Valor e Reuters

Vamos
Começar?
Conheça nossos assessores
prontos para lhe atender.