Juros
Os contratos de juros futuros encerraram a sessão desta segunda-feira (4) com as taxas adotando viés de alta, diante da expectativa dos investidores em relação à divulgação da ata da reunião de semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que pode dar novas pistas sobre o rumo do atual ciclo de flexibilização. Analistas aguardam a divulgação do documento para calibrar expectativas para a Selic no próximo ano. Na pesquisa Focus, divulgada na manhã desta segunda, a mediana das expectativas do mercado foi mantida em 4,50% para o juro básico no fim de 2019 e de 2020. Economista-chefe da Tullett Prebon, Fernando Montero observa que o mapeamento da distribuição das expectativas mostra 2/3 das apostas da Selic em 4,50% ou menos no fim de 2020.
No exterior, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, afirmou, no fim de semana, que há um “bom progresso” nas relações do país com a China e ressaltou que não há “nenhuma razão natural” para que um acordo comercial de primeira fase não seja alcançado até o fim deste mês.
DI1F20: 4,757% (-0,2 bps)
DI1F21: 4,50% (+1 bps)
DI1F23: 5,43% (+5 bps)
DI1F25: 6,00% (+2 bps)
DI1F27: 6,35% (+3 bps)
Câmbio
O dólar fechou em alta nesta segunda-feira, voltando a ficar acima dos 4 reais, seguindo a força da moeda norte-americana no exterior a despeito do dia mais favorável aos mercados globais de ações. O dólar à vista fechou em alta de 0,43%, a 4,0121 reais na venda. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez teve ganhos de 0,55%, a 4,0185 reais.
O dia foi marcado por recordes em Wall Street e na bolsa brasileira, em meio ao otimismo quanto a um acordo comercial entre China e Estados Unidos. Mas esse fator não foi suficiente para amparar moedas pelo mundo, com os dólares australiano e neozelandês, o peso mexicano e a lira turca — algumas das moedas de risco mais líquidas — cedendo terreno frente ao dólar.
Enquanto isso, o índice do dólar contra uma cesta de seis rivais do G10 subia 0,32%, acelerando os ganhos na parte da tarde. A força do dólar, contudo, pode ser um ajuste depois de quedas recentes, segundo alguns analistas. Além disso, o real teve em outubro o segundo melhor mês do ano, o que também colabora para alguma correção da divisa, pelo menos no curto prazo, o que sugere um cenário ainda positivo para a taxa de câmbio.
“No livro de moedas, montamos uma posição comprada no real contra o dólar. Acreditamos que essa aposta é favorecida pelos bons fundamentos locais e por uma janela de oportunidade global”, disseram estrategistas da Paineiras Investimentos em carta mensal.
Para eles, a confirmação da reforma da Previdência, a recuperação da atividade, a agenda de leilões e fluxos vinculados à cessão onerosa contribuem para o quadro de apreciação da moeda.
Bolsa
O Ibovespa renovou a máxima de fechamento nesta segunda-feira, mesmo tendo desacelerado no final, em sessão marcada pelo otimismo internacional com a possibilidade de um acordo comercial entre Estados Unidos e China.
Fontes: Valor e Reuters