DÓLAR U$3,75
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CDI 0,53%
3/10/2019

Fechamento de mercado (03/10/2019)

Juros

Embaladas pelas apostas de cortes mais agressivos nas taxas de juros em economias desenvolvidas, as taxas dos contratos de juros futuros renovaram seus pisos históricos de fechamento nesta quinta-feira. O alívio no câmbio também contribuiu para a queima de prêmio de risco ao longo da curva, após a fraqueza da atividade no setor de serviços nos Estados Unidos guiar os mercados e contribuir para um recuo global do dólar, que se afastou ainda mais da marca de R$ 4,20.

Depois que a atividade industrial decepcionou os agentes na zona do euro e, principalmente, nos Estados Unidos, foi a vez de o setor de serviços frustrar as estimativas do mercado. Principal indicador do dia, o índice de atividade do ISM mostrou que o setor perdeu fôlego nos EUA em setembro e caiu ao menor nível em três anos. Os apelos para que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) intensifique os estímulos à economia se fortaleceram.

Os contratos futuros dos Fed funds, compilados pelo CME Group, apontavam durante a tarde 53,3% de chance de as taxas caírem 0,50 ponto percentual até o fim do ano, para a faixa entre 1,25% e 1,50%.

DI1F20: 5,012% (-0,3 bps)

DI1F21: 4,88% (-7 bps)

DI1F23: 5,98% (-7 bps)

DI1F25: 6,60% (-7 bps)

DI1F27: 6,94% (-9 bps)

Câmbio

A percepção de que o dólar pode já ter atingido no exterior picos do atual ciclo de alta se soma no Brasil à ideia de que o fluxo cambial deve melhorar nos próximos meses e a dados sinalizando melhora da economia em relação ao restante do mundo.

“Acho que (a reforma da) Previdência está precificada. [...] O que não está precificado é o efeito disso na confiança, diminuição do represamento de consumo e investimento, melhora do PIB” e de balanços”, disse Renoir Vieira, gestor do family office Pacific Investimentos.

Na avaliação de profissionais do mercado, esse “combo” tem levantado dúvidas sobre a vantagem de se continuar apostando no fortalecimento da divisa dos EUA, o que tem levado alguns operadores a desmontar parte de posições de proteção para outros mercados, como o de bolsa.

Pelo segundo dia consecutivo, o real teve um desempenho superior ao Ibovespa. A moeda brasileira esteve entre os destaques positivos nos mercados globais de câmbio nesta sessão, depois de semanas figurando recorrentemente entre as divisas de pior desempenho.

O dólar à vista caiu 1,09% nesta quinta-feira, a 4,0894 reais na venda. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez perdia 1,00%, a 4,0955 reais. Na semana, o dólar spot recua 1,61%, a caminho de registrar a maior queda semanal desde julho. No exterior, o índice do dólar cedia 0,11%.

O foco do mercado se volta agora para dados mais amplos do mercado de trabalho norte-americanos, que serão divulgados na sexta-feira. Se vierem aquém do esperado, investidores deverão aumentar ainda mais apostas de corte de juros nos EUA, o que tende a amparar a continuação do ajuste de baixa no dólar.

Bolsa

O Ibovespa fechou em alta de 0,48%, a 101.516,04 pontos. O volume financeiro da sessão somou 15,7 bilhões de reais.

Dados dos EUA mostraram que o setor de serviços desacelerou para o ritmo mais lento em três anos em setembro, no mais recente sinal de que as tensões comerciais com a China estão corroendo a economia do país. Mas os dados fracos elevaram as expectativas de outro corte de juros pelo Federal Reserve para conter uma desaceleração econômica maior, elevando os índices após início de sessão ruim. O S&P 500 avançou 0,79%.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que uma delegação chinesa chegará ao país na próxima semana para mais negociações.

Também repercutiu no mercado operação do Ministério Público e da Polícia Federal sobre vazamentos de resultados de reuniões do Comitê de Política Monetária de 2010 a 2012, envolvendo um fundo administrado pelo banco BTG Pactual.

- BANCO DO BRASIL ON subiu 4,31%, após anunciar oferta secundária de ações, que deve ser precificada no dia 17. ITAÚ UNIBANCO PN teve oscilação positiva de 0,03% e BRADESCO PN evoluiu 0,28%.

-BTG PACTUAL perdeu 3,78% em meio ao anúncio de que foi alvo de operação sobre vazamento de dados sigilosos sobre a divulgação da taxa Selic. As units chegaram a desabar cerca de 10 por cento logo após a notícia da operação da Política Federal na sede do banco em São Paulo.

- GOL PN saltou 5,48%, após perder cerca de 24% desde agosto até o fechamento da véspera, também beneficiada pela forte queda no dólar. AZUL subiu 4,13%.

- ULTRAPAR ON caiu 1,66%, após seis altas seguidas, período em que acumulou valorização de quase 8%. BR DISTRIBUIDORA avançou 1,51%.

- VALE ON avançou 0,75%, após tombo na véspera, quando acompanhou movimento negativo global de ações de mineradoras, em meio às preocupações com a atividade mundial.

Fontes: Valor e Reuters

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