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2/9/2019

Fechamento de mercado (02/09/2019)

Juros

A escalada do dólar e as incertezas do cenário externo voltaram a impor cautela no mercado de juros. As taxas futuras se firmaram em alta na primeira sessão de setembro, que foi marcada também pela baixa liquidez por causa do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos - algo que acaba exacerbando o impacto nos preços dos ativos financeiros.

A disputa comercial entre EUA e China, o risco de desaceleração da atividade e questões geopolíticas regionais, como Brexit e a crise argentina, são só alguns exemplos dos persistentes sinais de alerta no mundo. Os negociadores comerciais das duas maiores potências econômicas do mundo têm enfrentado dificuldades para definir a data para a próxima reunião, algo que elevou a busca por proteção no mercado nesta segunda-feira (2).

De acordo com operadores, o câmbio deve ser o principal catalisador dos movimentos dos juros, durante boa parte da semana. O movimento acabou sendo mais expressivo por causa do fluxo mais concentrado em um dia de baixa liquidez.

DI1F20: 5,425% (+2 bps)

DI1F21: 5,57% (+4 bps)

DI1F23: 6,66% (+7 bps)

DI1F25: 7,18% (+6 bps)

DI1F27: 7,47% (+6 bps)

Câmbio

O dólar encerrou em forte alta contra o real nesta segunda-feira, em dia de menor volume de negociações por feriado nos Estados Unidos, com agentes do mercado monitorando os riscos externos em meio a cautela diante do início das novas tarifas comerciais entre EUA e China.

O dólar à vista teve alta de 1,00%, a 4,1834 reais na venda. O dólar futuro de maior liquidez mostrava valorização de 1,10%, a 4,193.

A moeda norte-americana também mostrava força contra uma cesta de moedas, a 99,032, e frente a outras moedas emergentes —como o rand sul-africano e o peso mexicano.

A China e os Estados Unidos começaram a impor tarifas extras sobre produtos um do outro no domingo, apesar de sinais de que negociações podem ser retomadas em algum momento neste mês. Nesta segunda, a China informou que entrou com um processo contra os EUA junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa de tarifas de importação, mas não divulgou detalhes sobre seu procedimento legal.

Durante a sessão, também permaneceu no radar dos investidores a medida de controle de capital imposta pelo governo da Argentina no domingo, numa tentativa de conter a queda livre da moeda que aumenta o risco de default. Nesta segunda-feira, o peso argentino encerrou em alta de 0,88%, a 59 por dólar, em seu primeiro dia de operações após o anúncio das medidas.

No plano doméstico, os mercados avaliaram ainda a piora na avaliação do governo Bolsonaro, buscando indicações sobre como isso pode afetar a agenda de reformas. A reprovação ao presidente Jair Bolsonaro subiu para 38% em agosto ante 33% em julho, enquanto a aprovação passou de 33% para 29%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira.

Bolsa

O Ibovespa teve leve queda, -0,5% a 100.625,74 pontos. O giro financeiro da sessão somou 10,7 bilhões de reais. O mercado acionário operou sem tendência clara durante a sessão, refletindo a ausência dos mercados acionários norte-americanos, fechados pelo feriado do Dia do Trabalho nos EUA.

No front internacional, a China abriu processo contra os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa de tarifas de importação impostas pelo governo norte-americano. Os EUA começaram no domingo a impor tarifas de 15% sobre vários produtos chineses, enquanto a China começou a cobrar novas alíquotas sobre o petróleo dos EUA.

No Brasil, a balança comercial registrou superávit de 3,284 bilhões de dólares em agosto, melhor saldo para o período desde 2017, informou o Ministério da Economia, em um mês em que as importações caíram mais que as exportações.

Para setembro, “apesar da incerteza externa, esperamos aceleração da atividade econômica e dos lucros das empresas, com juros na mínima histórica e rumando para níveis ainda inferiores”, afirmou a XP Investimentos.

Vale (VALE3) avançou 0,97%, após o futuro do minério de ferro na China saltar 6%, para a máxima de duas semanas.

Petrobras PN (PETR4) e Petrobras ON (PETR3) perderam 0,78% e 1,06%, respectivamente, em sessão de fraqueza dos contratos futuros do petróleo no mercado internacional.

Fontes: Valor e Reuters

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